quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Espingarda automática G3

A G3 (Gewehr 3 - Espingarda 3) é uma espingarda automática fabricada pela Heckler & Koch e adoptada como a espingarda de serviço pela Bundeswehr em 1959. Foi adoptada e encontra-se actualmente em utilização por vários países à volta do mundo.
História
Foi a arma de infantaria padrão do exército Alemão, Bundeswehr, até 1997, e continua a ser utilizada por vários exércitos nacionais. A G3 é tipicamente uma arma de calibre 7.62 x 51 mm NATO, capaz de fogo semi-automático ou totalmente automático com um cartucho desmontável. Pode ainda ser anexada uma baioneta à G3.
Foi desenvolvida pelos engenheiros da Mauser, após terem passado algum tempo na Espanha a trabalhar para outros fabricantes de armas nesse mesmo país. Ajudaram a criar a arma CETME e levaram-na de volta para a Alemanha. De facto, por algum tempoas G3 tiveram a palavra "CETME" estampada num dos lados; o design levou contudo várias modificações, como por exemplo, a CETME tinha um apoio em madeira e a G3 não.
G3 significa "Gewehr 3", que é alemão para "Espingarda, 3". A G3 foi adoptada em 1958 como substituta para a G1 da Bundeswehr, uma versão modificada da belga FN FAL, que estava em serviço desde 1956, o ano em que a Alemanha Ocidental tinha entrado para a NATO.
Serviço
A G3 e as suas variantes foram utilizadas por uma grande variedade de forças armadas de vários países, tal como forças policiais. Como resultado, foi utilizada num grande número de conflitos nos anos 90. A sua primeira utilização em combate conhecida foi na Guerra Colonial nas mãos do Exército Português, durante os anos 60 e 70.
A versão de atirador furtivo, a G3SG/1 viu uma utilização notável durante a Operação Urgent Fury de 1983, também conhecida como a Invasão de Granada. Uma equipa SEAL foi enviada para proteger uma casa do governo, onde se acredita que o Governador Paul Scoon estava a ser feito prisioneiro. A equipa SEAL entrou por helicópteros e a resistência foi pouca; Pouco depois a casa e o perímetro foram assegurados. Entre as posições, um atirador furtivo dos SEAL posicionou-se numa escada com a sua G3SG1. Pouco depois soldados PRA começaram um contra-ataque. O atirador furtivo conseguiu sozinho eliminar 21 soldados PRA durante o ataque. Tal facto como o restante fogo dos outros elementos da equipa SEAL resultou numa retirada dos PRA.
Em Portugal
Portugal teve necessidade de adoptar uma nova arma no inicio dos anos 60, por conta da guerra colonial na África. No entanto as possibilidades não eram muitas. Os Estados Unidos mantinham um claro embargo a Portugal durante a era Kennedy. Portanto, a escolha tinha que recair sobre uma arma fornecida por um país que estivesse na disposição de transferir a tecnologia para a fabricação da arma em Portugal. A escolha foi pela arma alemã, que passou a ser fabricada em Portugal pela Fábrica de Braço de Prata.
Quando chegou a África, em comparação com as antigas armas ligeiras das forças armadas a G3 era vista como extremamente sofisticada. Tratava-se de uma arma automática, que podia disparar rapidamente uma considerável quantidade de munição.
Foi necessário bastante treino de forma que a tropa se habituasse a entender que a posição normal da arma deveria ser a posição tiro-a-tiro, porque do ponto de vista operacional, gastar rapidamente a munição no meio do mato, seria um problema.
Em 1965, já o numero de espingardas automáticas G3 tinha ultrapassado as 150.000 nas forças armadas, e mesmo assim, ainda existiam em funcionamento 15.000 espingardas automáticas FN, fornecidas de emergência pelo exército alemão, antes da introdução da G3.
A arma esteve presente nos vários cenários de guerra, em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Viu-se ainda a G3 ser utilizada em Timor leste pelas guerrilhas das Falintil. Até ao ano 2000, ainda algumas velhas G3 se encontravam operacionais naquele território.
A substituição da G3 nas forças armadas portuguesas aproxima-se a passos largos. A sua provável substituta será provavelmente a G36, que é vista internacionalmente como a substituta lógica da G3, embora outras possibilidades continuem em aberto.
A Espingarda Metralhadora ligeira 7,62 m/m G3 ainda hoje é a arma rainha do Exército Português, podendo também ser usada para lançamento de granadas adaptando-lhe no cano um dilagrama onde é presa a granada que é disparada com uma munição de pólvora sem projéctil.

2 comentários:

  1. Boa noite
    Posso usar a sua imagem da G3 para a colocar numa página do Facebook onde publicamos fotografias antigas da guerra 1988-1968.

    Agradeço me informe para:
    Cart1599@gmail.com
    Os meus agradecimentos
    José Maria Ribeiro

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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