quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

F-16 Fighting Falcon

O F-16 Fighting Falcon é um caça (avião) multifacetado construído pelos Estados Unidos e utilizado por dezenas de outros países no mundo.
História
Desde os primórdios o F-16 foi concebido como um cavalo de batalha de baixo custo, que pudesse realizar vários tipos de missão e manter disponibilidade pontual. É muito mais simples e leve que os seus predecessores, mas usa aerodinâmica e aviónica eletrônicas, (incluindo a primeira utilização do vôo fly-by-wire, conseguindo a alcunha de "jacto electrónico"") para manter a boa performance.
Basicamente é isto que o distingue dos predecessores, muitos dos quais não foram concebidos para operar em todas as condições atmosféricas. Diferentemente dos demais caças, que apresentavam características de emprego específico, como por exemplo o F-104, que era demasiado dispendioso, e outros, feitos para operações exclusivas em porta-aviões, a exemplo do (F-14).
Embora o nome popular oficial do F-16 seja "Fighting Falcon" também é referido como "Viper", o nome de código da General Dynamics para o projecto durante a fase de concepção.
O F-16 é pequeno e ágil, navegando com o piloto sentado acima da fuselagem. Esta particularidade oferece ao piloto óptima visibilidade, uma vantagem crucial em combate aéreo. Para tal, o F-16 dispõe de um canhão M61 Vulcan, e pode ser equipado com mísseis ar-ar. No entanto, o F-16 foi concebido também para combate ar-terra, como suporte às forças terrestres, se necessário. Para o efeito pode ser equipado com uma vasta gama de mísseis ou bombas.
F-16 A/B
Inicialmente equipado com o radar Westinghouse AN/APG-66 Pulse-doppler e a turbina Pratt & Whitney F100-PW-200 com 106 kN de potência.
Blocks 1/5/10 - Possuem poucas diferenças entre si e a maioria das aeronaves Blocks 1e 5 foram atualizadas para o padrão Block 10.
Block 15 - A primeira grande alteração no F-16, o Block 15 possui estabilizadores horizontais mais largos, radar AN/APG atualizado e capacidade de levar armamentos aumentada. É a variante mais numerosa.
Block 15 OCU - O Block 15 OCU (Operational Capability Upgrade) possui turbinas atualizadas com inteface de controle digital, capacidade de atirar os mísseis AGM-65, AMRAAM, e AGM-119 Penguin, atualizações nas contramedidas eletrônicas, no cockpit, nos computadores e barramento de dados. Aeronaves Blocks 10 e 15 foram atualizadas para este padrão.
Block 20 - Basicamente, um Block 15 OCU com muitas capacidades do F-16 C/D Block 50/52: utilizar os mísseis AGM-45 Shrike, AGM-84 Harpoon, AGM-88 HARM e o casulo LANTIRN. Os computadores de bordo foram significativamente atualizados.
F-16 C/D
A célula da aeronave foi alterada significativamente, houve um aumento do peso vazio de 7.390 kg para 8.272 kg.
Block 25 - O F-16 C/D Block 25 entrou em serviço em 1984. As aeronaves receberam o radar Westinghouse AN/APG-68, tem capacidade de ataque noturno com precisão e a turbina Pratt & Whitney F100-PW-220E com interface de controle digital.
Block 30/32 - Entrou em serviço em 1987, foi o primeiro F-16 a possibilitar a opção entre turbinas General Eletric ou Pratt & Whitney. Os Blocks terminados em '0' são impulsionados pela GE, os blocos terminados em '2' são impulsionados pela Pratt & Whitney. Podem usar os mísseis AGM-45 Shrike e AGM-88 HARM. Foi significativamente atualizado pela adição do GPS/INS (guiamento por GPS) e pelo uso do casulo LITENING (guiamento por laser) que permitem o uso de bombas guiadas como a JDAM e a Paveway. Essa modificação é conhecida como F-16C++.
Block 40/42 - Entrou em serviço em 1988, tem a capacidade de ataque em qualquer tempo aumentada com o casulo LANTIRN, por isso chamados de Night Falcons.
Block 50/52 - Com as primeiras entregas em 1991; a aeronave é equipada com GPS/INS atualizado. Pode disparar mísseis e bombas avançados.
Block 50/52 Plus - Esta versão recebeu aviônivos atualizados como o decodificador ALE-50 e provisão para tanques conformais. Esta versão e a Block 60 são as versão atualmente oferecidas pela Lockheed nas concorrências e que foram pedidos por Chile, Singapura, Paquistão, Polônia e Grécia. Também está em estudos por Taiwan e Índia.
Um F-16I Sufa da Força Aérea Israelense.F-16I - Basicamente, um Block 50/52 Plus para Israel com 50% de aviônicos israelitas.
F-16 E/F
Block 60 - Baseado no F-16C/D, possui tanques conformais, turbina General Electric F110-132 com 144 kN, radar Northrop Grumman AN/APG-80 AESA, pode disparar todas as armas do Block 50/52 e ainda o AIM-132 ASRAAM e o AGM-84E SLAM. O barramento de dados MIL-STD-1553 foi substituído pelo MIL-STD-1773 de fibra ótica que oferece capacidade muito superior.
Emprego na Força Aérea Portuguesa
Era necessário substituir com urgência os antigos A-7 Corsair, aeronaves de ataque e não de caça e já obsoletas. Com os recursos disponíveis e facilidades de compra de equipamento norte-americano como contrapartida do uso da Base das Lajes, foi escolhido o F-16 A/B, embora já não fosse uma aeronave moderna. As aeronaves chegaram a partir de 1994, em 1996, a Força Aérea Norte-americana já não operava o F-16 A/B.
O programa Peace Atlantis I previa a entrega de 20 aeronaves F-16 Block 15 novas, 17 aeronaves (monolugar) e 3 aeronaves (bilugar). Destas aeronaves, duas foram perdidas em acidentes.
Durante a participação portuguesa na antiga Jugoslávia os caças enviados realizavam apenas operações de escolta, pois não tinham capacidade para operar armamento moderno (mísseis BVR ou bombas guiadas).
Pelo programa Peace Atlantis II, Portugal recebeu sem custo 20 aeronaves F-16 usadas e outras cinco para reposição de peças. Estas aeronaves seriam modernizadas pelo programa Mid Life Upgrade (MLU) e estariam em condições de participar ativamente de operações dentro do contexto da OTAN. Com um custo superior a 200 milhões de euros, a atualização seria realizada na OGMA.
In:Wikipédia

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